As salvas de tiros encontram sua origem na Idade Média. O historiador militar brasileiro Claudio Moreira
Bento conta que, em funerais, três tiros de mosquete eram disparados em homenagem ao Pai, Filho e
Espírito Santo, para espantar os maus espíritos, no momento em a sepultura estivesse sendo baixada.
Depois disso, os tiros passaram a ser utilizados também por navios na ocasião de chegada a fortes, em
anúncio de paz. No Brasil, as salvas são empregadas desde o Império. Naquele tempo, o imperador fazia
jus a 101 tiros, como na Inglaterra, enquanto a família real, arcebispos e bispos eram condecorados com 21
disparos. Na República, este último número passou a ser privativo do Presidente, estendendo-se depois a
chefes de Estado estrangeiros, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Moreira Bento explica a
origem dos 21 tiros com uma justificativa dada a ele pela Marinha: “o máximo de uma salva de bordo eram
sete tiros, que deviam ser respondidos três vezes pela terra, ou seja, com 21 tiros”.
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