De acordo com o zootecnista Alexandre Rossi, cada animal está programado para ouvir em uma
determinada freqüência. Muitos deles, inclusive, são capazes de distinguir ultra e infra-sons, imperceptíveis
para os humanos. Os elefantes, por exemplo, escutam os gravíssimos infra-sons, presentes em tremores de
terra, em alguns ruídos que emitem pela tromba, etc. Os gatos e cachorros, por sua vez, ouvem ultra-sons,
agudos demais para as pessoas, e, assim, são capazes de escutar até os ruídos que os ratos fazem entre si.
“Para animais que vivem da caça, esta capacidade é primordial, pois o ultra-som possibilita que detectem
com precisão a localização da presa”, afirma Rossi. Ele também chama a atenção para o tubarão: “mais do
que simplesmente ouvir, este animal sente estímulos elétricos, que denunciam até um coração batendo a
alguns metros de distância”. Rossi lembra que algumas espécies chegam a se orientar especialmente por
intermédio do som: morcegos e golfinhos utilizam um sistema de emissão e recepção de ultra-sons para
“desenhar” o espaço onde estão e se deslocarem com facilidade. O zootecnista também cita os pássaros
que, algumas vezes, são capazes de ouvir larvas dentro da madeira ou minhocas cobertas por dez
centímetros de terra.
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